Polícia consegue fazer com que Telexfree seja interditada pela justiça no Acre. Entenda o caso!

Não gosto de ficar falando no Não Acredito sobre esses esquemas de pirâmide, ao estilo BBom ou Telexfree. Por se tratar de um blog de humor e notícias, os comentários acabam virando uma praça de guerra, com pessoas defendendo e outras atacando o tal sistema. Mas quando a justiça e a polícia se posicionam como ocorreu agora, a coisa muda de figura. Não estamos mais falando de teorias e sim de fatos comprovados pela justiça. Primeiro vamos entender o que é a TelexFree.

O que é a TelexFree?

A Telexfree é uma empresa que dizia comercializar Voip, embora não tenha acordo com nenhuma operadora. Tornou-se uma febre pois era um negócio de marketing multinível, ou pelo menos aparentava ser. Pessoas colocavam mais pessoas para dentro e ganhavam por isso. O esquema sempre esteve sob ataque pois dizia-se que era nada mais nada menos que uma pirâmide de Ponzi, no qual as pessoas do topo ganham muito dinheiro com a entrada de novas, mas, como não existe um produto de verdade, quando ninguém mais entra, ela quebra. E o voip era só um disfarce para isso. Entenda melhor no artigo Telexfree – fraude ou golpe.

Por que a justiça interditou a TelexFree?

A Ympactus Comercial Ltda, mais conhecida como TelexFree, está interditada judicialmente em todo o Brasil. A empresa de marketing multinível está proibida de efetuar novos cadastros de divulgadores e de efetuar pagamentos aos divulgadores já cadastrados, sob pena de multa diária de R$ 100 mil por cada novo cadastro ou pagamento, decretado da juíza Thaís Khalil, titular da 2ª vara cível do Rio Branco, no Acre. O Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC), por intermédio da Promotoria de Defesa do Consumidor e Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos, foi o autor da medida cautelar preparatória de ação civil pública contra a TelexFree. A empresa tem cinco dias para apresentar sua defesa e 10 dias para recorrer à segunda instância.

O que diz a justiça:

1. A TelexFree não é uma poupança nem investimento de captação popular;

2. A descrição das atividades econômicas principal e secundária da empresa não a autorizam praticar atividades de comércio eletrônico;

3. A Telexfree, que alega ser uma empresa de marketing multinível, na verdade é um golpe conhecido como pirâmide financeira, o qual, por ser insustentável e causar prejuízos a muitas pessoas, é ilegal. Pelo método adotado, para se cadastrar, os pretensos divulgadores precisam investir para garantir a adesão. Cada novo membro compra um “pacote” que remunera os membros que estão acima na cadeia.

A TelexFree será obrigada a exibir em seu site, por meio de pop-up, um cartaz informando seus divulgadores sobre o conteúdo da liminar.

Fonte: Diário de pernambuco 

E vocês leitores? Sabiam disso? O que achavam?